Roberto Da Mata que nos perdoe, dos Carnavais, Malandros e Heróis no Brasil Contemporâneo….Socorro! Onde estão os heróis ?
Das esferas municipais às federais a corrupção está “rolando” à solta em esquemas de merendas escolares, saúde pública, problemas com Zica vírus, operações da Polícia Federal Lava Jato, Zelotes, entre outras – tudo isso me faz pensar que a música “Que País É Este” da Legião Urbana de 1979, é um ” hit” recém extraído de um programa de novos talentos de tão contemporânea….
O outro lado da moeda seria, estamos muito estagnados que nada mudou nos últimos quase quarenta anos.
E toda aquela juventude que lutou pela redemocratização do país e de certa forma teve a oportunidade de pôr em prática suas pregações e ideais estudantis, o que aconteceu “com sua profissão de fé” ? Foi seduzida pelo poder ? Na última cena do filme “O advogado do Diabo (Devil’ls Advocate, EUA, 1997)” a frase do personagem interpretado pelo Al Pacino, que é o próprio “Tinhoso” , ressaltava que a vaidade era o seu pecado favorito. Seria uma uma das explicações para tantos insucessos ?
Agora o cerco das investigações da Polícia Federal se fecha em torno, de um dos últimos destes ícones desta época da redemocratização, e com um potencial para ser uma das maiores decepções desta geração (mesmo que para muitos isto já era o esperado – quando nos aprofundamos em sua biografia) . Justamente um dos que chegaram ao cargo máximo da nação- A Presidência da República.
Que haja um breve desfecho e a justiça prevaleça , pois desta forma talvez venhamos a encerrar este ciclo nefasto que o país vivência e ocorra um rompimento com essa geração de políticos que tanto mau fez para a sociedade.
Talvez esse seja o rito de passagem necessário para o início de uma renovação política, pois necessitamos de uma nova geração que lembre que política não é sinônimo de negociata, toma lá/dá cá e sim de trabalhar e prol da sociedade ( da polis ).
Atualmente alguns líderes comunitários, ONGs, artistas da comunidade, com esforços hercúleos conseguem alguns benefício para o núcleo a que pertencem, muito mais do que o político que ali se elegeu. Talvez aí estejam os nossos Heróis contemporâneos, em sua laboriosa e silenciosa atividade.
E como estamos cansados de Malandros Mau Caráter ( Jurando Honestidade ) encerro relembrando um bom malandro pernambucano dos morros cariocas, tão Malandro quanto Herói ao retratar as mazelas da comunidade e impressionantemente tão contemporâneo – Bezerra Da Silva –
“…Dizem que sou malandro, cantor de bandido e até revoltado
Porque canto a realidade de um povo faminto e marginalizado”.
Pois é minha gente ! ” Se gritar pega ladrão ! Não fica um, meu irmão ….”